domingo, 12 de setembro de 2010

"O tempo é rei, não espera ninguém" e eu to cansada de esperar por ele

Eu tento achar um jeito menos clichê pra descrever isso, mas não dá. To mesmo ouvindo os ponteiros do relógio se moverem, me martelando. Não consigo mais entender se o tempo tá passando muito lentamente, ou rápido demais. Porque as coisas aqui acontecem com mais velocidade do que meus olhos podem acompanhar, mas o relógio parece estar em câmera lenta... Uma ampulheta preguiçosa, de hábitos letárgicos.
Mil mudanças que acontecem por dentro, e nada muda. E não é como aqueles sonhos que você corre e corre em desespero, mas não sai do canto. É como um sonho também, mas você corre muito e tão rápido, e de repente vê que não há nada à sua frente. E nós nunca sabemos o que fazer quando temos o nada nas mãos. Nunca sabemos como pisar onde não tem chão.

E nem dá pra pedir pro tempo ir mais depressa ou mais devagar. Seria como esperar que uma centopéia voe ou que um pássaro dê passos lentos e permaneça no chão.

2 comentários:

Lia Araújo disse...

Relógios são a decoração domestica da angustia. Mas, eu entendo... é como os fios que sustentam alguma coisa...e o desespero que vc sente quando os ouve partir, um a um... a antecipação... a dor da angustia antes mesmo da queda...

Deyse, torço pra que essa angustia passe...sempre tem chão a frente, lembra disso e amanhã tem sol ( to escrevendo pra nós duas)

Beijos e ótima semana

Joey Marrie disse...

Me senti as vezes, com uma sensação estúpida de ver tudo a minha volta se movendo como um filme acelerado.
"Desarme a bomba" dizia uma voz "voce tem pouco tempo." E, engraçado, isso era o que mais me acalmava...