sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Microfone aberto


Este é um texto sobre nós. Eu nem vou fingir que não é sobre nós. É, sim. É um microfone aberto e constrangedor, uma demonstração romântica, do jeito que a gente gostava na adolescência (só que pública, pra dar um gostinho de blog e depoimentos do Orkut). Esteja avisada. Pronto.

No último mês, eu perdi as contas de quantas vezes disse que gostaria de ser rica e poder passar umas semanas contigo. Queria estar aí pra ti nas provas do vestido de noiva, nas resoluções de assuntos complicados, pra surtar junto – uma das principais contribuições que eu sou capaz de oferecer – e também no café com bolo pra relaxar.

A gente tem tanta história, tanta estrada, que estar numa cidade diferente às vésperas do teu casamento mexeu comigo, sabe? Nos tempos de telefone fixo, esse evento teria gerado uma conta muito cara. Nos tempos de blog, esse texto estaria publicado por lá e teria fortes influências de Gabito Nunes.

Nane, as eras passaram por nós, né? E aqui estamos. Nossa amizade tem a idade de uma pessoa adulta e cringe! Haha Por isso, nada me preparou pra te ver casar. Foi uma das coisas mais emocionantes que eu vivi, e entendi por que tu chorou no salão no dia do meu casamento.

Nada prepara a gente pra ver a alma gêmea casar. A gente passou por tanta coisa, e tanta coisa passou por nós. Tantas pessoas. E essa amizade millennial resistiu a tudo. Eu já sabia que a gente era pra sempre mesmo na fase emocionada da adolescência, quando a gente era a dupla sarcástica chamada na diretoria (meu Deus, a gente era insuportável juntas!). Foi muito cuidado, conversa, colo, cumplicidade ao longo desses anos. Não sei o que teria sido de mim sem ti pra segurar minha mão. Sou sortuda demais de te ter por perto, de presenciar tua felicidade, tua história, e saber que eu faço parte.

Amiga, tua felicidade é a minha felicidade. Isso me basta. Tu merece TANTO! Não é só que tu é incrível, é que tu é uma das pessoas mais autênticas que eu conheço, interessante, engraçada, forte, uma mulher linda que me enche de orgulho, uma amiga leal, uma pessoa honesta, pra quem eu não tenho que explicar meu sarcasmo, com quem eu amo dividir a vida. Escrevi uma vez que tu sempre teve palavras boas pra mim, e ameaças de morte pra quem me fizesse sofrer. E eu gosto de pensar que isso é um guia de conduta na nossa amizade, um código secreto com um toque de superlativo, uma promessa.


Te amo pra sempre!

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Se os sonhos são cavalos alados
Ninguém melhor do que você
Que sempre soube voar,
Para alcançá-los
Proíbo que você chore

Ordeno que você dance

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Nasci ontem

                                       
Não exatamente ontem. Mas em outro dia 21 de agosto, alguns anos atrás. Aniversários são datas meio narcisistas pra se escrever sobre, mas hoje eu pretendo vestir minha carapuça egocentrista. A verdade é que, apesar de eu começar a me incomodar com o número de vinte-e-um-de-agostos que já passaram por mim, também estou de olhos bem abertos pra perceber como foi bom ter chegado aos vinte e ... poucos.
Não, eu não nasci ontem. Se eu tivesse nascido ontem, eu ainda não saberia o que são verdadeiras amizades, os que longe que se desdobram pra continuar em contato, os de perto que após anos e anos de Deyse, não se sabe como, permanecem firmes ao juramento silencioso de amor que “invadirá as portas da eternidade”.
Se eu tivesse nascido ontem, ainda não entenderia o que é viver cercada de amor incondicional. Tive que passar por vários vinte-e-um-de-agostos pra me tornar consciente da voz da Mammy Jan e do Babu, me acalentando, me corrigindo, me contando histórias da Bíblia, cantando pra eu dormir a canção de ninar preferida deles. A mesma canção que hoje minha mãe e eu cantamos pra Victoria – neta e sobrinha. Alguns anos foram necessários pra que eu entendesse quão abençoada eu sou por ter uma irmã como a Nana – não simplesmente por ela ser tão importante pra mim quanto uma perna, mas também por ela ser uma pessoa tão bonita, irritantemente altruísta e ajudadora. E por sermos tão opostas quanto a noite e o dia é que “eu carrego seu coração comigo, eu o carrego no meu coração”.
Se tivesse nascido ontem também não conheceria esse amor tão grande que tenho por minha sobrinha, uma criatura de Deus que ainda não tem 1 metro de altura e não sabe nem falar direito, mas, em momentos raros e de amor total, faz meu coração derreter dizendo “eu tinhamo”.
Só depois de muitos aniversários vim saber quem seria o amor da minha vida. E amar não tem muito a ver com aqueles amores de adolescente, que são “pra vida toda” e na real só duram uma semana. É uma coisa tão mais tranquila e pé no chão, e ainda assim com sorrisos bestas e aquele romantismo bem brega de ficar escrevendo pra pessoa. Faz tão bem! E como seria a minha vida sem o Alexandre? Prefiro não saber. Vão se passar muitos e muitos anos e ainda seremos aquele casal de melhores (bem mais que) amigos. Nossa, como somos chatos!
Se eu fosse falar de todo o amor que tenho acumulado nesses anos, só o amor de Deus por mim já seria capaz de preencher inúmeros textos. Esse amor imutável, responsável por todas as coisas incríveis que aconteceram até aqui, e as pessoas maravilhosas que já conheci. O Senhor é que se compadece de mim todos os dias e me dá a paz. Em todo tempo, ele me cuida. Mesmo quando eu erro, ele me ama. E quando eu chamo, ele me ouve. Dá pra entender?
Sabe, eu não nasci ontem... Sei que ainda não vivi o máximo, não cresci o suficiente. Na verdade, ainda me sinto muito bebê, engatinhando pra uma fase melhor a cada dia que passa. Imatura muitas vezes, mas certa de que, com um pouquinho mais de coragem, posso dar esses passos que vão me levar pra um lugar incrível que eu ainda não conheço. E se meu futuro repetir a felicidade e a alegria desses anos que já vivi, eu posso esperar por coisas grandiosas.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Sobre o amor

E agora tudo parece rimar, de um jeito bem brega. Tudo parece romântico, e eu me rendo. O que me resta senão subir na nuvem cor de rosa?

quarta-feira, 12 de março de 2014

Diálogos possíveis #001

_ Tu me ama?
_ Sim, meu bem. Mas eu te disse isso agorinha, lembra?
_ Lembro. Mas eu preciso saber agora.
_ E foi agora mesmo que eu te disse.
_ Mas o tempo é relativo e o agora já faz muito tempo... Eu te amo também.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Mas como eu posso voar, se nem andar eu sei ainda?

"Vou voar
Sem parar
Quando eu aprender"
(Monstros S.A.)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Esse é o plano

Realizar.
Arte.
Fotografia.
Ausência.
Inspiração.
Vôo solo.
Rumos.
Malas.
Cores.
Luvas.
Cabana.
Mão inglesa.
Sotaque australiano.

Preciso tanto de tudo isso.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Hoje eu acordei com uma vontade enorme de só ter que esticar o braço pra te alcançar.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sobre o que sempre passa (ou Lembrete)

"Passado feio só volta quando a gente fica matutando e esquece de viver o presente doce que nos beija a testa".


Escrito quando começava a memória 
de um passado bem mais bonito.

domingo, 7 de julho de 2013

Aquele sentimento

que parece sempre ter existido, mas é completamente novo. Aquela sensação de que todas as vezes de "eu te amo" tiveram a mesma carga sentimental que tem um "bom dia".
Ainda bem que cada dia nasce um jeito melhor de amor, que faz todo o jeito anterior parecer supérfluo, efêmero.