quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Faz-de-contas

Se é no “era pra ser” que você acredita, faz de conta que eu era pra ser. Se é no destino, faz de conta que eu era o teu. Que nem mesmo as “muitas águas poderiam apagar esse amor, nem os rios afogá-lo”. Faz de conta que não acabou. Que a gente só sonhou.
Faz de conta que o gigante é anão, que a muralha é só um meio-fio e dá pra gente pular por cima. Faz de conta também que a briga é carinho, que a gente já desistiu de ser sozinho. Que sempre fomos “nós”. E agora a gente não tinha pressa. Faz de conta que a gente tinha “perdido as chaves”. Que a gente tinha fé, e por mais alto que o céu estivesse, a gente podia alcançar com as mãos. Porque agora a gente sabia voar.
Faz de conta que o “pra sempre é pouco tempo”. E agora “não havia dúvidas”, a gente era mais forte. Faz de conta que a gente fazia planos. E os “consolidava”. Que seus olhos sorriam pra mim e meu sorriso era por ti. Que a gente amava sem medir, sem botar numa balança, sem pedir as contas. E sem faz-de-contas.

2 comentários:

Mima disse...

Ah... Que mal faz em acreditar...? Que mal em deixar-se amar?

Não entendo porque os adultos não acreditam em contos-de-fadas, nem que o amor é possível.

O amor é simples.

=*

Gleice Ribeiro. disse...

Que post mais lindo! Adorei.
As vezes fazer de conta é a solução.