quinta-feira, 15 de março de 2012

Texto de gaveta

Quase acredito que voltei a mim. Tenho cultivado um lugar aqui dentro pra guardar sentimentos saudáveis e revisto alguns dos que havia perdido. Tenho estado fria, no entanto. Fria para não olhar para as coisas com o coração quente e emocional que eu costumava ter.
Sabe, outro dia eu senti. Acho que era algo novo. Não sei. Meio elétrico. Quente, calmo, aconchegante. Um quase-transe. Repito: não sei. E gosto de não saber. Gosto de não dar nome. Nem todo diferente, novo e bom é realmente importante.
É bom saber separar o efêmero do eterno. O intervalo de tempo de uma respiração é suficiente ao efêmero. Para o eterno, o último suspiro não significa fim.


Escrito em 06 de fevereiro de 2012, quando eu já fazia planos de voltar a escrever regularmente, mas tudo que saía de mim eram esses mesmos textos inacabados.

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