terça-feira, 5 de outubro de 2010

Parque de Diversões

Me tirei daquela montanha-russa de emoções. Saí dos altos-e-baixos por opção. Fui dar uma volta pelo parque. Encontrei um carrossel. Me pareceu bonito e talvez fosse confortável ficar girando no mesmo lugar. E, sem dúvidas, era mais seguro que a montanha-russa.
Agora, o carrossel que gira incansavelmente comigo me mostra as emoções como um borrão. É rápido demais pra mim. A palavra certa pra descrever é ansiedade. Ansiedade pelo final dessa brincadeira. Ansiedade pelo dia em que eu vou ser gente grande. Quero que, algum dia, minhas emoções tenham um foco pra olhar. Quero ter prioridades e ao mesmo tempo experimentar novos sonhos... Ir a outros brinquedos. Quero crescer guardando meu jeito de criança.
Outro dia me disseram que não tenho idade para ter essas minhas dúvidas, que já é meio tarde pra não saber o que eu quero da vida. E começo a pensar que talvez seja tarde mesmo. Talvez eu seja muito menina. A começar pelo fato de eu ter 22 anos e continuar comparando minha vida a um parque de diversões.
Se a vergonha tivesse um rosto,
acho que se pareceria um pouco com o meu
Se tivesse um lar seriam meus olhos
Você acreditaria se eu dissesse que estou cansado disso?
Bem, e agora aqui vamos nós uma vez mais...

E quando isso está prestes a acabar,
Continua de novo uma vez, e outra, e outra novamente
Continua girando, e eu sei que não vai parar
Até que eu desça daqui para o meu próprio bem

9 comentários:

Deyse, a Anna disse...

No final do trecho da música, coloquei um link para o caso de quererem ouvir ou baixar.

Gosto muito dessa. Espero que gostem também.

;)

Babi disse...

Você andou passeando pelos meus pensamentos nos últimos dias? Parece que sim. Transformou em palavras o que eu não consegui expressar.
Adorei.
=)

Luh disse...

Bonita postagem, Deyse.

É tão bom ser autêntico. Eu não gosto ‘pseudo-personalidades’, principalmente, quando é só para agradar os outros. Vai chegar um dia em que tu vás perceber que tuas emoções têm sim um foco pra olhar, e tu tens tuas prioridades, mesmo que sejam assim...com teu “jeito de criança” ;)

Até a próxima.

Lia Araújo disse...

Deyse,
Como tomar juízo, eim?
Se vc encontrar onde vende me avisa... preciso tratamento prolongado.

Essa ansiedade que mata, né?

Vou ver a música...

bjos

Lia Araújo disse...

Adorei a foto!
;]

A Ana disse...

Por favor, não esqueça da criança.. Leve ela junto com você, para onde for quando estiver sendo gente grande..

Beijinho ;*

Cristina Moura disse...

Você escreve cada vez melhor *-*
Estava meio que sem tempo pra mecher em blog e ba, mas me identifiquei um pouco com esse texto, as vezes é bom arriscar ir na montanha-russa e em outros brinquedos pode ser muito mais divertido, mas quando se ama o carrossel é difícil vê-lo e não querer estar lá.
beijos*

Anônimo disse...

Agora eu sei pq eu nunca lia teu blog ou as coisas que vc escrevia. Era pq eu sabia exatamente como vc se sentia em cada dia devido a cada acontecimento. E hoje eu fico lendo sempre que vc atualiza pra poder, mesmo que à distância e de uma forma totalmente diferente, sentir como se vc compartilhasse tudo comigo de novo.

Saudade.
ps.: Sempre amei essa música, foi bem usada pra retratar o texto.
ps2: Eu tinha esquecido da tradução dela.

Clara Alvarenga disse...

Moça...

Acredito que nossa maturidade começa a se formar por volta dessa idade. E a maturidade aparece auqi justamente pelo questionamento. Pela comparação com um parque de diversão. =)

Beijos florr